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Maria Antonieta teve uma vida exuberante e muito conturbada. Conheça algumas das principais curiosidades sobre a última rainha da França

Maria Antonieta, uma das figuras mais fascinantes da história francesa, é lembrada por sua vida luxuosa e trágica. Embora famosa por ser a última rainha da França antes da Revolução Francesa, sua história é cheia de detalhes curiosos e também de mal-entendidos. 

Conhecer a história e curiosidades sobre personalidades francesas nos ajuda a aprofundar a cultura do país e desenvolver ainda mais repertório para conversar no idioma. Por isso, neste conteúdo, vamos explorar 7 curiosidades que revelam um pouco mais sobre Maria Antonieta, essa icônica rainha francesa. 

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1. Maria Antonieta era austríaca, não francesa

Nascida em Viena, na Áustria, em 2 de novembro de 1755, Maria Antonieta era a filha caçula de Maria Teresa, imperatriz da Áustria, e do imperador Francisco I. Seu nome de batismo era Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen. Ela só se tornou Maria Antonieta ao se casar com Luís XVI e assumir a corte francesa. 

A união entre França e Áustria foi essencialmente uma jogada política para reforçar os laços entre os dois países, inimigos históricos que buscavam uma nova aliança. Ser estrangeira dificultou a sua adaptação, e o povo francês muitas vezes a tratou com desconfiança, chamando-a de “L’Autrichienne” (a austríaca) de maneira pejorativa.

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2. Casamento precoce

Em 1770, Maria Antonieta tinha apenas 14 anos quando deixou a Áustria para se casar com o futuro rei da França, Luís XVI, que tinha 15 anos na época. A jovem rainha enfrentou grande pressão desde o início de seu casamento, já que a corte esperava que ela “produzisse” herdeiros rapidamente. 

No entanto, por várias razões, incluindo a falta de maturidade do casal e dificuldades pessoais de Luís XVI, o casamento não foi consumado por sete anos. Esse atraso gerou especulações e críticas, prejudicando a imagem do casal real aos olhos da sociedade.

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3. Maria Antonieta foi acusada de traição

Os sete anos de “demora” para terem filhos foi um escândalo na época. Luís XVI, que possivelmente sofria de uma condição física ou psicológica que dificultava o relacionamento íntimo, era alvo de piadas. 

Por outro lado, Maria Antonieta enfrentava rumores maldosos, incluindo fofocas de que ela teria amantes. Somente em 1777, após intervenção de seu irmão José II da Áustria, as dificuldades foram resolvidas e, em 1778, ela finalmente deu à luz sua primeira filha, Maria Teresa Carlota.

No total, Maria Antonieta teve quatro filhos, mas apenas um sobreviveu à revolução, Maria Teresa, que se tornou adulta e se casou com o duque de Angoulême.

4. Ela tinha uma vila privada em Versalhes

Cansada das rígidas regras e da constante observação em Versalhes, Maria Antonieta buscou refúgio no “Petit Trianon”, um pequeno palácio nos jardins do Palácio de Versalhes que foi dado a ela por Luís XVI em 1774. 

Ali, ela podia escapar da etiqueta da corte e desfrutar de uma vida mais simples, cercada de amigos íntimos. Próximo ao Trianon, ela também mandou construir o “Hameau de la Reine”, um vilarejo artificial onde ela se vestia de camponesa e vivia uma fantasia pastoral. Isso, porém, foi mal interpretado pelo público, que considerava o comportamento da rainha insensível, dado o sofrimento crescente da população francesa.

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5. Maria Antonieta adorava moda e lançava tendências

Maria Antonieta não foi apenas uma rainha, mas era também um ícone de moda. Ela transformou completamente o vestuário feminino da época, com a ajuda de sua estilista Rose Bertin. Ela popularizou penteados extravagantes, como o famoso “pouf”, e usava vestidos volumosos e elaborados, feitos de tecidos caros. 

Esse universo da rainha francesa inspirou a diretora Sofia Coppola a realizar o filme Marie Antoinette, misturando elementos da época com uma trilha sonora mais moderna, como vocês podem conferir no trecho abaixo: 

Essa obsessão por moda, no entanto, foi uma das razões pelas quais a população francesa a criticava tanto, especialmente em tempos de crise financeira. Suas despesas com roupas geraram um apelido mordaz: “Madame Déficit” (Senhora das dívidas), já que muitos acreditavam que ela contribuía para os problemas econômicos da França.

6. O escândalo do colar de diamantes

Em 1785, um grupo de golpistas fez com que o cardeal de Rohan acreditasse que Maria Antonieta desejava adquirir um luxuoso colar de diamantes, que ela, na verdade, nunca havia pedido. 

Os golpistas falsificaram cartas e encontros, levando o cardeal a comprar o colar em seu nome. Quando o escândalo veio à tona, a reputação da rainha foi severamente danificada.

Embora Maria Antonieta não tivesse nenhuma ligação direta com o esquema, sua reputação já deteriorada fez com que muitos acreditassem que ela estava envolvida. Esse escândalo, amplamente divulgado, prejudicou ainda mais sua imagem entre o povo francês, que a via como extravagante e corrupta.

7. “Que comam brioches” – um mito perpetuado

A frase “Qu’ils mangent de la brioche” (Que comam brioches) é frequentemente atribuída a Maria Antonieta, mas não há nenhuma prova histórica de que ela tenha dito isso. 

Na verdade, a frase aparece pela primeira vez nas “Confissões” de Jean-Jacques Rousseau, escritas anos antes de Maria Antonieta chegar à França. No entanto, essa citação se tornou um símbolo de sua suposta desconexão com a realidade e a fome do povo, reforçando a percepção de que ela era uma rainha indiferente aos problemas do país.

Curiosidades muito interessantes, não é mesmo? Afinal, Maria Antonieta foi uma personagem central na história francesa, cuja vida e morte influenciaram não apenas a Revolução Francesa, mas também a percepção de monarquia em todo o mundo. 

Ao entender essas curiosidades, podemos ver que sua história vai muito além da imagem popular de uma rainha fútil e inconsequente. Quer continuar aprendendo mais sobre a história e a cultura da França? Confira o conteúdo que fizemos com 7 conselhos sobre a cultura francesa que você precisa saber

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